Pois é,
o trabalho de campo não é fácil, as ruas do bairro são
diferentes, e muitas vezes o espaço na calçada não é o suficiente
para caminhar, a distância não ajuda e nem sempre as numerações
das casas estão corretas. Mesmo assim, o trabalho de visita
domiciliar é gratificante.
Durante
as primeiras visitas realizadas pelo SASF Pirituba, pude perceber que
o maior valor desse trabalho não está em vencer os obstáculos
urbanos para chegar às residências, mas sim ter contato com as mais
diferentes pessoas, dos mais diferentes núcleos e histórias. Gente
branca, negra, parda, mameluco, deficientes físicos, crianças,
adolescentes, adultos, idosos, loiras, morenos. Católicos,
evangélicos, umbandistas, espiritas, judeus, ateus. As vivências
são as mais ricas, ter a licença para adentrar nas casas, nas
histórias, e perceber que está se tornando útil para outrém é
marcante.
Sinto que
a cada visita um pedaço meu fica no núcleo familiar, e que as
histórias deles seguem comigo, ajudando a moldar a minha própria
história.
Vivência observada
por:
Luciano de Souza
Orientador socioeducativo
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